( Sobre a minha ida a Jornada Mundial da Juventude - Achei que deveria partilhar, aos poucos, o que transborda do coração. Que melhor lugar, do que aqui?)
Faltando apenas treze dias para nossa partida rumo à Espanha, é necessário que revisemos a caminhada e façamos uma reflexão profunda sobre o momento que se aproxima. Que oportunidade mais especial! Durante a caminhada, caminhada essa que é de flores, muitas flores, mas que também é de espinhos, podermos dar passos tão longe, porém sem tirar o coração da nossa terra, do nosso chão, da nossa gente.
A Jornada Mundial da Juventude é um espaço especial para toda Igreja, para os jovens católicos, acho que de certa forma expressa a preocupação da Igreja com a juventude. Mas são os jovens que ficam, os jovens dos grupos nas Comunidades de Base, e sobre tudo os jovens que estão a margem desse processo, jovens que muitas vezes não tem idéia da dimensão da JMJ nem da realidade fora do país, são eles que fortalecem a cada dia a opção pela causa da construção do Reino. São realidades de um povo latino que sofre, que é maltratado a cada dia. De jovens, mas também de mulheres, homens, crianças que lutam no dia-a-dia para sobreviver. A eles, a minha ida a JMJ. As imagens de um mundo desigual são as que vêm a minha mente quando penso em ‘reacender a fé no Cristo’.
E é na partilha com a diversidade, com o diferente, com a fé vivenciada das mais diversas maneiras, que quero encher minha mala de garupa de volta ao Brasil. Trazendo muita esperança na Civilização do Amor. Realimentando a fé na Igreja que é do povo e para o povo.
Vamos a Madri, vamos a Europa. Mas permanecemos com o nosso coração na nossa latinoamérica, sofrida.
Na expectativa da partilha,
E na humildade de acolher o novo,
Luana Corrêa